Núcleo celular


                           Núcleo Celular


  • Estrutura do núcleo
  A estrutura nuclear varia conforme a célula esteja ou não em divisão. Assim, consideraremos, inicialmente, uma célula intérfase, isto é, uma célula que não está se dividindo. A intérfase compreende o espaço de tempo existente entre duas divisões celulares sucessivas. Nesse período, o núcleo é denominado interfásico
     O núcleo interfásico apresenta os seguintes componentes: carioteca, cariolinfa, cromatina e nucléolo
  1. Carioteca: também chamada de cariomembrana, essa estrutura envolve o conteúdo nuclear e é formada por duas membranas lipoprotéicas (lamela interna e lamela externa) entre as quais exite um espaço chamado perinuclear. A carioteca é dotada de numerosos poros, os annulli, que permitem a comunicação entre o material nuclear e o citoplasma. Através desses poros ocorre o intercâmbio de substâncias diversas entre o núcleo e o citoplasma, inclusive macromoléculas. De modo geral, quanto maior a atividade nuclear, mais poros terá a carioteca.
  2. Cariolinfa: conhecida também como nucleoplasma ou suco nuclear, é uma massa incolor constituída principalmente de água e proteínas, que preenche o núcleo celular.
  3. Cromatina: material genético contido no núcleo. Quimicamente, as cromatinas são proteínas conjugadas (nucleoproteínas), resultantes das associação entre proteínas simples e moléculas do DNA. A cromatina aparece no núcleo interfásico, com o aspecto de um emaranhado de filamentos, longos e finos, denominados cromonemas. Durante a divisão celular, os cromonemas ficam mais condensados, tornando-se mais curtos e mais grossos, podendo então ser vistos separadamente, passam a ser chamados de cromossomos.
  4. Nucléolo: trata-se de um corpúsculo esponjoso e desprovido de membranas, que se encontra em contato direto com o suco nuclear. O nucléolo é constituído basicamente de RNA ribossômico (RNAr) associado a proteínas. Na síntese de protéica,o nucléolo pode atuar como fonte de grânulos ribonucleoproteínas, que migram para o citoplasma, originando ribossomos, organelas que representam a sede da síntese de proteínas numa célula. Compreende-se então por que células muito ativas na produção de proteínas costumam possuir nucléolos bem desenvolvidos.
  • Tipos de cromossomos
     Os cromossomos possuem um estrangulamento onde se localiza o centrômero ou cinetócoro, estrutura onde se inserem as fibras protéicas do fuso. Essas fibras relacionam-se com o movimento cromossômico durante a divisão celular, conforme veremos com mais detalhes adiante.
    Geralmente o centrômero localiza-se em um posição definida do cromossomo, conferindo-lhe uma forma característica. De acordo com a posição do centrômero, têm-se os seguintes tipos de cromossomos:
  1. Metacêntricos: centrômero localizado na região média, formando dois braços do mesmo tamanho;
  2. Submetacêntricos: centrômero localizado próximo a uma das extremidades, formando dois braços de tamanhos diferentes;
  3. Acrocêntricos: centrômero localizado quase em uma das extremidades, formando um braço muito longo e outo muito curto;
  4. Telocêntricos: centrômero localizando na região terminal, apenas um braço.
Tipos de cromossomos.
  • Procariontes e eucariontes
   Procariontes são os organismos dotados de células procariotas, compreendem bactérias e as cianobactérias (também conhecidas como cianofíceas ou algas azuis). A célula procariota possui o conjunto de componentes mínimo para ser capaz de desempenhar atividades vitais. São eles: membrana plasmática, hialoplasma, os ribossomos e o material genético. Elas não possui núcleo individualizado, isto é, delimitado por membrana. Seu material genético fica disperso no hialoplasma, além disso, são destituídas de organelas membranosas (mitocôndrias, retículo endoplasmático, etc.).
     Eucariontes são organismos formados por células eucariotas. Essas células possuem núcleo individualizado, delimitado por membrana (carioteca), além de possuir organelas membranosas. Compreendem todos os seres vivos, exceto as bactérias e as cianobactérias, além dos vírus (que não possui organização celular).


Célula procarionte.


  • A relação entre os cromossomos e o gene
      Gene corresponde á sequência de DNA cromossômico, capaz de determinar a síntese de uma proteína; o local ocupado pelo gene no cromossomo chama-se lócus gênico. Um cromossomo pode abrigar inúmeros genes. Nas células somáticas, isto é, constituem o corpo,  existem vários tipos de cromossomos , conforme espécie considerada. Esse cromossomos podem ser agrupados de dois em dois, e cada par é constituído por dois cromossomos chamados homólogos, por possuírem genes que correspondem.

  • Células haplóides e diplóides
        Um determinado cromossomo pode diferir de outro, por exemplo, em relação à forma, ao tamanho, à posição do centrômero e ao número de gene que contém. As células que possuem apenas um cromossomo de cada tipo são denominadas haplóides (n), já as celulas que apresentam dois cromossomos de cada tipo são denominadas diplóides (2n). São exemplos de células haplóides os gametas humanos: tanto o espermatozóide quanto o óvulo, e são exemplos de células diplóides as demais células humanas.

  • Genoma e cariótipo
     Genoma é o conjunto haplóide de cromossomos existentes em células de uma determinada espécie. Pode-se dizer que que cada gameta haplóide é portador de um único genoma, isto é, de uma única coleção de diferentes tipos de cromossomos. Já cariótipo é o conjunto de informações referentes ao número, à forma, ao tamanho e as características dos cromossomos presentes em células de uma determinada espécie. Cada espécie possui um padrão normal de cariótipo, logo, espécie diferentes possuirão cariótipos diferentes.


                                          FIM

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