Envoltórios celulares


                           Envoltórios Celulares


  • Parede celular
   Dotada de grande resistência que lhe confere a capacidade de proteger e sustentar as células em que ocorre, a parede celular é uma estrutura de revestimento externo. Nas células vegetais, essa parede rígida e permeável é formada principalmente pelo polissacarídeo celulose. Por isso, nesse caso, a parede celular é também denominada membrana celulósica. A parede celular não está presente em células animais.

  • Membrana plasmática
     Constituindo uma película muito fina, elástica e lipoprotéica, a membrana plasmática participa ativamente do metabolismo celular, "selecionando", em certos casos, as substâncias que entram e saem da célula, de acordo com suas necessidades.

  • A estrutura da membrana plasmática
     O modelo mais aceito para explicar a estrutura da membrana plasmática: o modelo do mosaico fluido. Segundo esse modelo, moléculas protéicas estariam "encaixadas" entre camadas bimoleculares de lipídios. Algumas proteínas da membrana teriam papel enzimático, podendo, inclusive, alterar sua forma e, assim, abrir ou fechar uma determinada passagem, permitindo ou impedindo o fluxo de certas substâncias. Além do papel de "portões" exercido por algumas proteínas, as moléculas presentes na membrana estariam em constante deslocamento, conferindo á estrutura intenso dinamismo.

  • A permeabilidade da membrana plasmática
     A membrana plasmática não isola totalmente a célula do meio exterior. A célula precisa adquirir substâncias do meio externo, assim como precisa eliminar os resíduos de seu metabolismo. Nesse processo a participação da membrana plasmática é essencial e indispensável. O fluxo de materiais através da membrana pode envolver ou não o dispêndio de energia. Assim podemos distinguir duas formas de transporte: passivo ou ativo
  1. Transporte passivo (sem consumo de energia): o transporte passivo não exige consumo de energia no nível da membrana. A membrana, nesse caso, permite a livre passagem de substâncias, não apresentando caráter seletivo. São exemplos de transporte passivo a difusão, difusão facilitada e a osmose. Difusão: a esse fluxo espontâneo de partículas, de uma região onde a concentração de uma determinada partícula é maior para outra onde a concentração é menor, dá-se o nome de difusão. Difusão facilitada: as moléculas de glicose são pouco solúveis em lipídios. Em condições normais, no entanto, atravessam a matriz lipídica com relativa facilidade. Isso se deve à presença de carregadores (ou transportadores), substâncias especiais que se combinam com glicoses, formando um complexo solúvel em lipídios. O carregador transporta a glicose até a superfície interna da membrana, onde a glicose se desliga do carregador e penetra no interior da célula. Em seguida, o carregador retorna à superfície externa da membrana para "capturar" novas moléculas de glicose. Osmose: um caso particular de difusão, ocorre um fluxo espontâneo apenas de solvente, do meio menos concentrado para o meio mais concentrado. Para que apenas o solvente passe de uma solução para outra é preciso que a membrana que separa as duas soluções seja impermeável ao soluto. A essa membrana, permeável ao solvente e impermeável ao soluto, dá-se o nome de membrana semipermeável
  2. Transporte ativo (consumo de energia): o processo ativo confere á membrana um caráter seletivo, permitindo a entrada e saída de substâncias diversas de acordo com as necessidades da célula. A célula consome energia metabólica e necessita de carregadores específicos. A esse tipo de transporte chamamos de transporte ativo.
   As células vegetais, quando imersas em solução fortemente hipertônicas, perdem tanta água que a membrana plasmática se "desloca" da membrana celulósica, acompanhando a redução do volume interno. Esse fenômeno é denominado plasmólise, e as células nesse estados são chamados plasmolisadas. Ao contrário, colocando essas células em meio hipotônicos, elas voltam a absorver água, recuperando, assim, a turgescência (tornam-se novamente túrgidas). Esse fenômeno é denominado deplasmólise.

Plasmólise e deplasmólise.

  • As endocitoses
    As endocitoses são processos através dos quais a célula adquire do meio externo partículas grandes ou macromoléculas, que normalmente não seriam absorvidas pela membrana plasmática. Podemos dividir esse processo em duas parte: fagocitose e pinocitose.
  1. Fagocitose: se tratando de partículas sólidas, a célula emite expansões ou projeções citoplasmáticas denominadas pseudópodes, que englobam o material e o levam para o meio interno da célula, onde fica retida dentro de uma pequena vesícula chamada fagossomo. Esse englobamento se dá o nome de fagocitose ("ato da célula de comer"). Frequente em organismos unicelulares, como as amebas. 
  2. Pinocitose: se tratando de materiais líquidos, a célula cria uma espécie de canal por onde o líquido que estava em meio externo passe para meio interno, alojando-se em uma vesícula denominada pinossomo. Esse processo é denominado pinocitose.
  Tanto na fagocitose quanto na pinocitose, as vesículas formadas (fagossomos e pinossomos) unem-se a pequenas bolsas citoplasmáticas portadoras de inúmeras enzimas digestórias denominadas lisossomos. A partícula englobada então é digerida pela célula, como consequente aproveitamento das substâncias úteis.

Fagocitose e pinocitose.

                                                                            FIM

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